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Minha visita ao Museu Freud!

Em 2015 passei um tempo em Londres e, como não poderia deixar de ser, estive no Museu Freud. Foram momentos inesquecíveis.  

O Museu Freud está localizado na casa onde Sigmund Freud, o pai da psicanálise, viveu durante o último ano de sua vida. Freud se mudou para esta casa em 1938, após fugir da Áustria devido à anexação nazista. Ele viveu lá com sua família até sua morte em 1939. Após a morte de sua filha Anna Freud em 1982, a casa foi transformada em um museu dedicado à vida e ao trabalho de Freud.

Ao entrar no Museu Freud, somos imediatamente envolvidos por uma atmosfera de reverência histórica. A casa, situada em uma rua tranquila de Hampstead, exala uma sensação de acolhimento e introspecção. Caminhando pelo corredor, somos atraídos por um ambiente de estudos e de mistério, onde a famosa poltrona de análise domina o cenário. A visão dessa peça icônica me fez imaginar as inúmeras sessões de psicanálise que ocorreram ali, cada uma desvendando os mistérios da mente humana.
As estantes de livros, repletas de volumes antigos e bem cuidados, refletem a vasta erudição de Freud. Ao lado, uma coleção impressionante de antiguidades egípcias, gregas e romanas captura meu olhar, cada artefato contando uma história de civilizações passadas e do fascínio de Freud pela arqueologia.

Consegui muitas fotos que guardo em sigilo no meu computador pois não me sinto autorizado a revelar. Objetos pessoais como o seu cachimbo, suas coleções que mostram o quanto sua curiosidade pela mitologia, história de tradições religiosas e filosóficas o interessavam. Era um homem culto e investigativo. Dotado de uma inteligência para os mistérios da psique muito além de seu tempo. Nessa casa Freud morou no final de sua vida e, após sua morte, a filha, Anna Freud, continuou trabalhando e escrevendo livros de psicanálise, particularmente na área infantil.

No jardim interno e também naquele que ficava na frente da casa,  minha filha captou algumas fotos minhas. Até deitei na grama do jardim como um adolescente na casa de seu mestre. Foi uma bela tarde inesquecível. Pena que nessa casa Freud tenha sofrido muito em razão de um carcinoma na mucosa bucal. Submetido a 30 cirurgias precisou colocar uma prótese palatina para cobrir um buraco no céu de sua boca. No entanto, apesar de seu sofrimento e exaustão permaceceu ativo e escrevendo até seus últimos instantes.

Um dia antes de sua morte, Sigmund Freud estava lendo o romance "Balzac: La Peau de Chagrin" (em português, "A Pele de Onagro" ou "A Pele de Chagrém") de Honoré de Balzac. Este livro é uma obra clássica da literatura francesa, publicada pela primeira vez em 1831, e é conhecido por suas profundas reflexões sobre a condição humana, o desejo e a decadência.

Freud faleceu em 23 de setembro de 1939, aos 83 anos. Sua morte foi assistida por seu médico e amigo, Max Schur, que administrou doses de morfina para aliviar seu sofrimento, conforme o desejo de Freud.