Ansiedade
Sintomas:
- Apreensão antecipatória desproporcional à ameaça real
- Hipervigilância e hiperestimulação autonômica
- Astenia e letargia desproporcional à atividade física
- Prejuízo na atenção seletiva e sustentada
- Baixo limiar para afetos negativos e comportamentos reativos
- Hipertonicidade muscular, especialmente em região cervical e lombar
- Alterações na arquitetura do sono, com redução de sono REM e de ondas lentas
- Hiperatividade simpática (palpitações, hiperidrose, tremor, dispneia)
- Medos irracionais (fobias) com comportamentos evitativos
- Hiperatividade do eixo cérebro-intestinal, com alterações na motilidade e sensibilidade visceral
Prevalência:
A ansiedade é um dos transtornos mentais mais prevalentes no Brasil. Segundo dados e estudos recentes:
1. Prevalência geral:
- Estima-se que cerca de 9,3% da população brasileira sofra de algum transtorno de ansiedade, o que equivale a aproximadamente 19,4 milhões de pessoas.[1]
- Isso coloca o Brasil como o país com a maior prevalência de transtornos de ansiedade no mundo.[2]
2. Tipos de transtornos de ansiedade mais comuns no Brasil:[3]
Transtorno | Prevalência |
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) | 2,1% |
Fobia Social | 2,0% |
Transtorno de Pânico | 1,6% |
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) | 1,0% |
3. Diferenças por gênero:
- As mulheres são mais afetadas que os homens, com uma prevalência de 11,1% contra 7,3% nos homens.[1]
4. Impacto na qualidade de vida:
- Os transtornos de ansiedade estão associados a um prejuízo significativo na qualidade de vida, interferindo no funcionamento social, ocupacional e em outras áreas importantes.[4]
5. Comorbidades:
- É comum a coexistência de transtornos de ansiedade com outros transtornos mentais, especialmente a depressão.[5]
- Estima-se que 50-60% dos indivíduos com transtorno de ansiedade também apresentem depressão.[6]
6. Impacto econômico:
- Os transtornos de ansiedade geram um grande impacto econômico, devido aos custos diretos com tratamento e aos custos indiretos com perda de produtividade.[7]
Esses dados evidenciam a ansiedade como um problema de saúde pública significativo no Brasil, reforçando a necessidade de estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Referências:
[1] World Health Organization (WHO). Depression and Other Common Mental Disorders: Global Health Estimates. Geneva: WHO; 2017.
[2] World Health Organization (WHO). Depression and Other Common Mental Disorders: Global Health Estimates. Geneva: WHO; 2017.
[3] Andrade et al. Mental Disorders in Megacities: Findings from the São Paulo Megacity Mental Health Survey, Brazil. PLoS ONE. 2012;7(2):e31879.
[4] Mendlowicz MV, Stein MB. Quality of life in individuals with anxiety disorders. Am J Psychiatry. 2000;157(5):669-682.
[5] Hirschfeld RMA. The Comorbidity of Major Depression and Anxiety Disorders: Recognition and Management in Primary Care. Prim Care Companion J Clin Psychiatry. 2001;3(6):244-254.
[6] Kessler RC, et al. Lifetime prevalence and age-of-onset distributions of DSM-IV disorders in the National Comorbidity Survey Replication. Arch Gen Psychiatry. 2005;62(6):593-602.
[7] Gustavsson A, et al. Cost of disorders of the brain in Europe 2010. Eur Neuropsychopharmacol. 2011;21(10):718-779.