Autismo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits persistentes na comunicação e interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.[1]
Características do TEA:[2]
1. Déficits na comunicação e interação social:
- Déficits na reciprocidade socioemocional
- Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social
- Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos
2. Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades:
- Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos
- Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento verbal ou não verbal
- Interesses fixos e altamente restritos
- Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais
Níveis de Gravidade do TEA:[3]
- Nível 1: Requer apoio
- Nível 2: Requer apoio substancial
- Nível 3: Requer apoio muito substancial
Condições Comórbidas:[4]
- Deficiência intelectual
- Transtornos de linguagem
- Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)
- Transtornos de ansiedade
- Transtornos depressivos
- Transtornos alimentares
- Transtornos do sono
Tratamento do TEA:[5]
- Intervenções comportamentais e educacionais (e.g., Análise do Comportamento Aplicada - ABA, Tratamento e Educação para Crianças com Autismo - TEACCH)
- Terapia de fala e linguagem
- Terapia ocupacional
- Intervenções de habilidades sociais
- Medicamentos (para condições comórbidas ou sintomas específicos)
O TEA é uma condição que dura a vida toda, mas com intervenções precoces e apropriadas, muitos indivíduos com TEA podem fazer progressos significativos e levar vidas satisfatórias.
Referências:
[1] American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.).
[2] Lord, C., Elsabbagh, M., Baird, G., & Veenstra-Vanderweele, J. (2018). Autism spectrum disorder. The Lancet, 392(10146), 508-520.
[3] American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.).
[4] Lai, M. C., Lombardo, M. V., & Baron-Cohen, S. (2014). Autism. The Lancet, 383(9920), 896-910.
[5] Weitlauf, A. S., McPheeters, M. L., Peters, B., Sathe, N., Travis, R., Aiello, R., ... & Warren, Z. (2014). Therapies for children with autism spectrum disorder.