TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático)
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é um transtorno de ansiedade que pode se desenvolver após a exposição a um evento traumático, como violência física, abuso sexual, acidentes, desastres naturais, guerras ou outras situações que representem uma ameaça à vida ou à integridade física.[1]
Características principais do TEPT
- Exposição a um evento traumático: O indivíduo vivenciou, testemunhou ou foi confrontado com um evento que envolveu morte, lesão grave ou ameaça à integridade física própria ou de outros.
- Sintomas intrusivos: Recordações recorrentes e intrusivas do evento, pesadelos, flashbacks, sofrimento psicológico intenso e reatividade fisiológica a lembranças do trauma.
- Evitação: Esforços para evitar pensamentos, sentimentos, pessoas, lugares ou situações associadas ao evento traumático.
- Alterações negativas na cognição e no humor: Incapacidade de lembrar aspectos importantes do trauma, crenças negativas persistentes sobre si mesmo ou sobre o mundo, distorções cognitivas, estado emocional negativo persistente, redução de interesse em atividades, sentimentos de distanciamento dos outros e incapacidade de experimentar emoções positivas.
- Alterações na excitação e na reatividade: Comportamento irritadiço e surtos de raiva, comportamento imprudente ou autodestrutivo, hipervigilância, resposta de sobressalto exagerada, problemas de concentração e perturbação do sono.
- Duração: Os sintomas duram mais de um mês.
- Prejuízo funcional: Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes.
O TEPT é uma condição crônica e debilitante, mas tratável. As abordagens terapêuticas incluem psicoterapia (como a terapia cognitivo-comportamental e a terapia de exposição) e farmacoterapia (como antidepressivos e ansiolíticos).[3]
Referências:
[1] American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.).
[2] World Health Organization. (2018). International classification of diseases for mortality and morbidity statistics (11th Revision).
[3] Bisson, J. I., Cosgrove, S., Lewis, C., & Robert, N. P. (2015). Post-traumatic stress disorder. BMJ, 351.